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quarta-feira, 25 de março de 2015
Quase 200 mil pessoas se deslocam para trabalhar entre Entorno e o DF
Informações são do estudo inédito do IBGE Arranjos Populacionais e Concentrações Urbanas do Brasil, que buscou mapear as interações entre as cidades brasileiras, com base em dados do Censo Demográfico de 2010.
O número de pessoas que se deslocam entre municípios do Entorno e o Distrito Federal para estudar ou trabalhar é de 199.491, o que corresponde a 5,9% da população do DF (3.380.644). O estudo não considera os deslocamentos entre as cidades do DF. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (25/3) o levantamento baseado no Censo de 2010, sobre concentrações urbanas e arranjos populacionais. Em todo o país, os brasileiros que fazem esse tipo de deslocamento somam mais de 7,4 milhões.
Os municípios mais próximos a Brasília e que formam o arranjo populacional são Águas Lindas de Goiás, Planaltina, Mimoso de Goiás, Padre Bernardo, Cocalzinho, Santo Antônio do Descoberto, Novo Gama, Valparaíso de Goiás, Cidade Ocidental e Luziânia. O fluxo de deslocamento – ligações – entre essas cidades chega a 38.
Segundo o IGBE, a escolha de Brasília para representar o núcleo entre as cidades é explicada por meio da grande concentração urbana local e por ser a cidade mais populosa entre as estudadas no DF e Goiás. A capital alcançou o 7º lugar na lista nacional, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Curitiba.
Retrato urbano
Segundo o pesquisador do IBGE Maurício Gonçalves e Silva, o estudo é uma importante fonte de informação para o planejamento de políticas públicas conjuntas e de investimentos privados. O Brasil tem 294 agrupamentos de municípios com forte integração entre as suas populações, ou seja, com grande número de pessoas que se deslocam dentro dessas áreas para trabalhar e estudar. Segundo o IBGE, 55,9% da população brasileira, ou seja 106,8 milhões de pessoas, residem nos 938 municípios que integram esses agrupamentos, chamados de “arranjos populacionais”.
Em muitos casos, esses arranjos populacionais formam uma única mancha urbana (conurbação), como São Paulo e 30 municípios vizinhos. São Paulo é o maior desses arranjos populacionais, com 19,6 milhões de habitantes. Integram esse agrupamento grandes municípios como a capital paulista (com 11,2 milhões de pessoas), Guarulhos (com 1,2 milhão), Osasco, Santo André e São Bernardo do Campo (os três com mais de 600 mil habitantes), e também pequenos, como Pirapora do Bom Jesus (com apenas 15 mil).
O Rio de Janeiro é o segundo maior arranjo populacional, com 11,9 milhões de habitantes espalhados por 21 municípios, seguido por Belo Horizonte (4,7 milhões de pessoas se deslocando em 23 municípios), Recife (3,7 milhões em 15 municípios), Porto Alegre (3,7 milhões em 26 municípios), Salvador (3,4 milhões em nove municípios) e Brasília (3,4 milhões em 11 municípios do Distrito Federal e de Goiás).
O maior fluxo de pessoas para trabalhar e estudar em municípios do Brasil foi registrado entre São Paulo e Guarulhos (146,3 mil pessoas). Mas nem todos os fluxos importantes incluem os núcleos dos arranjos populacionais. O segundo maior fluxo, por exemplo, ocorre entre as cidades de São Gonçalo e Niterói, ambas integrantes do arranjo populacional do Rio de Janeiro (120,3 mil pessoas).
Fonte:http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2015/03/25/interna_cidadesdf,476905/quase-200-mil-pessoas-se-deslocam-para-trabalhar-entre-brasilia-e-goia.shtml
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