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segunda-feira, 9 de março de 2015
Oposição quer convocar Renan e Cunha na CPI da Petrobras
Requerimentos incluem os demais 45 políticos que serão investigados.
Pedidos foram protocolados nesta segunda e devem ser analisados na quinta.
A oposição apresentou nesta segunda-feira (9) requerimento para convocar os presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para prestarem depoimento na CPI da Petrobras. Os dois respondem a inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção dentro da estatal.
O requerimento foi protocolado pela deputada Eliziane Gama (PPS-MA), que pede ainda a convocação de outros 47 políticos que também serão investigados, incluindo 21 deputados, 11 senadores, 12 ex-deputados e a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB-MA).
“É fundamental ouvir esses agentes políticos, que estão na linha de frente desse desvio de recursos públicos. A classe política é o grande comandante dessa operação”, afirmou Eliziane ao G1 sobre o requerimento, que deve ser analisado na quinta-feira (12).
Na sessão desta terça (10), a expectativa é que haja o depoimento do ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco, o primeiro a ser ouvido pela comissão.
O presidente do Senado foi citado no depoimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que afirmou ter conhecimento de que valores envolvidos em contratos da Transpetro eram "canalizados" para Renan. Por meio de nota, o peemedebista disse que dará "todas as explicações à luz do dia" e que prestará "as informações que a Justiça desejar".
No caso do presidente da Câmara, o doleiro Alberto Youssef disse que Paulo Roberto Costa intermediou o contrato de aluguel de um navio plataforma da Samsung junto a Petrobras. Para viabilizar o contrato, o doleiro afirmou que o executivo Júlio Camargo pagou propina a integrantes do PMDB, "notadamente Eduardo Cunha". Ele não soube precisar o valor.
No Twitter, Cunha disse haver "absurdos" contra ele e que o pedido de inquérito é uma "piada" e a lista de suspeitos, "indecente". O deputado afirmou também que não há problemas em ser investigado.
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