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segunda-feira, 23 de março de 2015

Maioria dos brasileiros acredita que Dilma sabia de corrupção, diz Datafolha

Dos 84% que acreditam que a presidente sabia de corrupção, 23% consideram que ela não podia fazer nada para evitá-la.
Brasília - De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha e que foi publicada neste domingo, 84% dos brasileiros acreditam que a presidente Dilma Rousseff sabia sobre a corrupção na Petrobras, cuja privatização é rejeitada pela maioria dos entrevistados. A pesquisa mostrou que 61% dos brasileiros acreditam que Dilma sabia sobre a corrupção na Petrobras e deixou que ocorresse; 23% consideram que a presidente era consciente, mas não podia fazer nada para evitá-la; 10% disseram que a governante "não sabia", enquanto 6% não souberam responder. Maioria dos brasileiros acredita que Dilma sabia de corrupção na Petrobras, diz Datafolha Foto: Reuters Do grupo de entrevistados que declarou ter votado em Dilma no segundo turno das eleições de outubro, 74% ressaltaram que a presidente sabia sobre o esquema de corrupção, enquanto essa porcentagem chega a 94% entre os que votaram pelo senador opositor Aécio Neves, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Questionados sobre uma eventual privatização da companhia petrolífera, 61% dos entrevistados se posicionaram contra, 24% defenderam sua venda, 5% se mostraram indiferentes e 10% não souberam responder. Os dados mostram que uma eventual venda da companhia petrolífera seria rejeitada pela maioria dos brasileiros, independentemente do nível de renda, idade e escolaridade, e em todas as regiões do país, apesar das diferentes inclinações políticas. Além disso, 88% dos entrevistados consideraram que a corrupção na estatal prejudicará a Petrobras, a maior empresa do Brasil e responsável por uma parte significativa do PIB brasileiro. O Instituto Datafolha entrevistou 2.842 eleitores na segunda-feira e na terça-feira desta semana, depois das manifestações que no domingo levaram milhões de pessoas às ruas de todo o país para protestar contra a corrupção e a gestão da presidente Dilma Rousseff. Durante a manifestação de domingo, alguns grupos minoritários também pediram a cassação da governante, enquanto algumas vozes isoladas reivindicavam uma "intervenção militar"

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